quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Torpeza




Da janela no 3º andar, embora não seja assim tão alto,
posso ver um pouco além
da vida que se estende pra fora desta sala.

Aqui dentro tudo parece estagnado –
(quase me sufoca)!
Lá fora a vida, essa bailarina desequilibrada,
corre por entre prédios, árvores, obstáculos (tantos!).

Daqui eu observo:
vejo pombos em cima de um telhado próximo,
um ruído mais alto, um movimento brusco e
eles são aves, voam;
logo tudo se aquieta e eles são pombos outra vez:
rasos, torpes, indignos de suas asas.

Eu os observo - e os imito.