terça-feira, 6 de maio de 2014

Um trem passou


Sob um céu de estrelas
Um trem de carga se alonga
Lento, interminável
Seus barulhos acordam corujas, grilos
E sentimentos
Da janela eu o vejo
Se embrenhando
noite afora, noite adentro
Imagino mais
Leva e traz, leva e traz, leva e traz
Leva terra
Leva flor
Leva amor
Leva dor
Leva e traz
Leva, leva, leva
Longe, longe
Sobra um silêncio na noite vazia
O trem passou e levou as estrelas.

Foto: blog geraesdeminas (Saulo Guglielmelli)

2 comentários:

  1. "Café com pão
    Café com pão
    Café com pão
    Virge maria que foi isso maquinista?
    Agora sim
    Café com pão
    Agora sim
    Voa, fumaça
    Corre, cerca
    Ai seu foguista
    Bota fogo
    Na fornalha
    Que eu presciso
    Muita força
    Muita força
    Muita força
    Oô...
    Menina bonita
    Do vestido verde
    Me dá tua boca
    Pra matá minha sede
    Oô...
    Vou mimbora
    Vou mimbora
    Não gosto daqui
    Nasci no sertão
    Sou de Ouricuri
    Oô...
    Vou depressa
    Vou correndo
    Vou na toda
    Que só levo
    Pouca gente
    Pouca gente
    Pouca gente..."

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  2. Por que gostamos tanto de trem? Por que rende tantas rimas, tantas canções? É a vontade de ir? É a nossa inquietude em ficar? É a máquina? É o homem?

    Lindo texto! :)

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